Testes de Imprensa

A Chaintech concebeu uma caixa invulgar e apelativa para a sua edição especial da GeForce3 Ti200 e juntou-lhe o WinDVD da InterVideo e os jogos AquaNox e MDK2.

Depois de, na última edição, termos analisado as diferenças tecnológicos entre os chips GeForce4 MX e Titanium e testado duas placas gráficas equipadas GeForce4 MX 420 e 440, este mês ana-lisámos os dois topos de gama de cada uma das séries, representados pela 3D Blaster4 Titanium 4600 (GeForce4 Ti4600) e pela MSI G4MX460-VT (Ge-Force4 MX460). Para comparar as novas "bombas" da Nvidia com a anterior geração, testámos também uma GeForce3, neste caso uma edição especial da Chaintech artilhada com 128 MB de memória, a GeForce3 Titanium 200 Special Edition.

Como é habitual, testámos as placas gráficas em dois PCs: um que se pode considerar ultrapassado (PIII a 866MHz, 128MB de RAM PC133, Placa de som SB Live!) e outro que se pode considerar topo de gama (Pentium 4 a 2GHz, 512 MB de RAM PC 800 e placa de som SB Audigy).

Desta forma pretendemos averiguar até que ponto o desempenho destas placas está dependente do restante sistema, bem como demonstrar se os utilizadores com PCs mais antigos - nem todos têm a felicidade de ter um PC poderoso lá em casa - deverão considerar a possibilidade de fazer um upgrade da placa gráfica. Todos os testes foram realizados sobre o Windows XP com os drivers Nvidia mais recentes disponíveis aquando da realização destes testes (Detonator XP 28.32).

Estonteante

Este é um bom adjectivo para descrever o desempenho da 3D Blaster4 Titanium 4600. O novo topo de gama da Nvidia demonstrou dispor de tecnologia para arrasar toda a concorrência, inclusivamente o Radeon 8500 da ATI. O desempenho da placa gráfica da Creative é alucinante, como o comprovam os benchmarks, e as funcionalidades como o nView (capacidade para controlar dois monitores em simultâneo) e a saída digital DVI trazem valor acrescentado a esta placa.

Não vamos aprofundar as tecnologias do GeForce4 Titanium, visto já o termos feito na edição passada, mas os resultados são realmente impressionantes, representando um significativo salto em frente relativamente à família GeForce3.
Claro que também o preço é estonteante, o que torna a aquisição desta placa um verdadeiro acto de "loucura", que só pode ser levado a cabo pelos felizardos que se possam dar ao luxo de comprar sempre o melhor, independentemente do preço.

Os nossos testes demonstram que os jogos actuais e mesmo aqueles que se prevêem para os próximos tempos não exigem tanto poder gráfico como o oferecido por esta 3D Blaster. Mais uma vez, o hardware está bem á frente do software. Considerando o preço da 3D Blaster4 Titanium 4600, seria de esperar que a Creative incluísse mais e melhor software na caixa - apenas são fornecidos dois jogos, o E-Racer e o Incoming Forces.

Mais equilibrado

Os resultados das placas mais "económicas" deste teste são também dignos de nota e não deixam nenhum PC envergonhado, muito pelo contrário. Na verdade, tanto a placa da Chaintech como da MSl foram capazes de, por exemplo, correr, no Pentium 4, o exigente Return to Castle Wolfenstein a 1600x1200 (em High Quality) de uma forma jogável (acima dos 40 fotogramas por segundo).

E se considerarmos que a maioria dos utilizadores recorre a monitores de 15 e 17 polegadas, cujas resoluções de trabalho dificilmente ultrapassam os 1280x1024 pixels, então concluímos que estas duas opções apresentam uma relação desempenho/preço superior ao conseguido pela dispendiosa 3D Blaster4 Titanium 4600. A pontuação do 3DMark2001 SE pode ser lida como adequação ao futuro. Ou seja, este benchmark, que recorre aos mais recentes e sofisticados efeitos do DirectX, analisa qual o grau de preparação de cada placa para os jogos que serão lançados nos próximos tempos.

E estes testes demonstram aquilo que já dissemos anteriormente: os chips GeForce3 são tecnologicamente mais sofisticados do que os GeForce4 MX e, por isso mesmo, mais eficientes nos jogos mais modernos. Isto acontece porque os primeiros, ao contrário dos segundos, incluem as unidades vertex shader, que possibilitam o suporte, por hardware, das funções do DirectX 8X. Por outro lado, os GeForce4 MX ganham em dois aspectos: reprodução de DVD e utilização do nView.

No que toca ao software incluído, a MSI leva a melhor, oferecendo um conjunto de jogos (onde se destacam AquaNox, No One LiVes Forever e Sacrifice), software para reprodução de DVD e as aplicações WinProducer e WinConder, para capturar e editar vídeo - a MSI C4MX460-VT inclui captura de video e o software permite gravar vídeo em tempo real nos formatos MPEG (1 e 2).

Entre a MSI G4 MX460 e a Chaintech GeForce3 Titanium 200 Special Edition, a última é mais eficiente nos jogos. Na verdade, esta é uma GeForce3 Ti200 muito fora do vulgar. Inclui 128MB de memória - úteis para os futuros jogos com uma elevada carga de texturas -, saída para TV e um excelente dissipador de calor, que permite levar esta placa a funcionar estavelmente acima das velocidades típicas das Ti200. Ou seja, com um pouco de overclock, esta Ti200 comporta-se como uma Ti500.

Sérgio Magno